Sinestesia - Capitulo 1

 Ronnie estava em uma de suas aulas regulares de esgrima, mas não estava participativo, na verdade, Ronnie nunca foi participativo em qualquer atividade em sua vida mas quando está com uma espada em mãos, todas as cores ao seu redor ganhavam vida e lhe diziam coisas que não dizem normalmente, porem nesse dia, nem a esgrima o animava.

  No inicio do dia Ronnie descobriu que Mick, seu melhor amigo, caiu em uma sala diferente no colégio, o que queria dizer que se veriam pouco, pois moravam longe um do outro e o intervalo escolar é curto e para ajudar Marcos caiu na mesma sala que Ronnie. Marcos é um garoto popular na escola, bonito, forte, atlético, bom com as garotas... Arrogante, chato, valentão e exalava cores amarelas, pretas e um vermelho escondido. Marcos costuma montar ganguinhas para bater em Ronnie, nos jogos de dashball nas aulas de educação física, chuta a bola em sua direção para machucá-lo, e sempre se safa com a desculpa de que foi sem querer e que a culpa era do outro, por não ser rápido o suficiente para se esquivar. A situação tornou as cores em volta dele mais escuras, tinha medo de cores escuras.

  Após ver qual sala que iria estudar no ano letivo foi para a esgrima, a esgrima que colore a sua vida. Mas ao chegar, viu Marcos. “O que esse corno está fazendo aqui?!” pensou Ronnie, “já não basta escurecer minha vida escolar, ele quer escurecer a esgrima?!”, reparou no sorriso sínico de marcos, e naqueles olhos verdes... Olhos verdes exalando amarelo e o vermelho escondido...

Só então percebeu que estava encarando Marcos, desviou o olhar rapidamente, mas já era tarde.

  - Ron! Que surpresa! – Dizia Marcos, andando em direção a Ronnie – Quer dizer que você faz esgrima é?

Ronnie apenas ficou quieto, e foi quando o Treinador Splinter chegou, chamou a atenção de todos, e mandou formarem uma roda. “Salvo pelo gongo!” pensou Ronnie.

Splinter costuma exalar um cinza azulado, mas quando alguém avacalha com as regras da casa, ele transmite uma cor escura, não o negro comum, uma cor escura que da medo apenas nas pessoas que estão errados.

  - Você! – disse Splinter apontando para Marcos– Você, você e você. Venham para o centro. – disse apontando para mais três pessoas.
 - Esses quatro vão começar a participar dos treinos a partir de hoje, vou deixar vocês treinarem sozinhos, enquanto eu ensino o básico aos iniciantes. Depois quero que lutem com eles, mas peguem leve. Agora... Se apresentem para a turma, novatos.

  O Primeiro a se apresentar foi Marcos.

  - Meu nome é Marcos, tenho 17 anos, gosto de Dashball e estou no 10º ano de aprendizado... – Marcos olhou para Ronnie e exibiu um sorriso sínico, que exalava seu costumeiro amarelo, negro com um vermelho escondido. –... Na mesma sala que o Ronnie.

  Marcos era alto, cabelo negro e liso, pele amarela acobreada e olhos verdes semi puxados, todas as características de um Oristiano. O segundo a se apresentar era branquelo, cheio de espinhas, beiços de homem negro, cabelo pixaim, mais baixo que Ronnie e exalava cores Verdes... Parecia ser uma pessoa que nunca tirava o sorriso da cara.

  - Meu nome é Thiago, tenho 16 anos e estou no 11º ano de aprendizado.

  -Meu nome é Vinicius, tenho 15 anos, estou no 10º ano de aprendizado, gosto de correr e jogar Dashball. – disse um baixinho de voz estridente, magricela e com sardas na face que exilava amarelo e um azul escondido.

  - Eu... Sou Guilherme... Tenho 16 anos e estou no 11º ano de aprendizado... Gosto de assistir seriados Namericanos. – Guilherme era gordo, tinha o cabelo despenteado, estava com a testa cheia de gotículas de suor e parecia perder o fôlego a cada palavra dita, exalava um bege pálido com roxo e azul escondidos.

  - Novatos, peguem uma espada, uma marcara e venham comigo. O resto escolham parceiros e treinem entre si, até eu ensinar o básico aos novatos. – disse o treinador Splinter, e todos consentiram.

   Ronnie pegou uma mascara e uma espada e assim, ele estava em uma de suas aulas regulares de esgrima, mas não estava participativo, a esgrima animava as cores ao seu redor, porem nesse dia, nem a esgrima o animava, mas treinou um pouco, fugiu algumas vezes fingindo que ia ao banheiro, mas voltava ao treino, e quando percebeu o dia de esgrima acabou.

Escrito por: Rafael Lucas de Souza Alves

06/05/13